terça-feira, 14 de julho de 2009

Bancos decidem futuro da Vesticom


Caixa Geral de Depósitos e BPN detêm 45 por cento dos créditos da empresa

As duas instituições bancárias vão decidir num prazo de 10 dias se aceitam a proposta de viabilização de um grupo inglês

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Português de Negócios (BPN) têm nas mãos o futuro da Vesticon, empresa de confecções do Tortosendo, em processo de insolvência desde Abril deste ano. Os dois bancos estatais, que detêm 45 por cento dos créditos da empresa, vão votar por escrito – no prazo de 10 dias – a proposta de viabilização apresentada por um grupo inglês de gestão de fundos.
O representante dos dois bancos decidiu votar por escrito depois do administrador de insolvência propor, ontem, alterações de pormenor, à proposta de viabilização da Vesticon, entregue no Tribunal da Covilhã, a 17 Junho. Segundo João Carvalho, as alterações foram solicitadas pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social para que aquele organismo estatal viabilizasse o plano, votando a favor. Relacionadas com o pagamento de juros da dívida, as alterações apresentadas na Assembleia de Credores levaram o representante da CGD e o BPN a adiar a votação.

PLANO APROVADO POR 40 POR CENTO DOS CREDORES

O plano de viabilização da empresa sediada no Tortosendo foi votado favoravelmente por 40 por cento dos credores, percentagem que fica aquém dos 66,6 por cento necessários para aprovar o plano.
Claudino Martins, gerente da Vesticon, afirmou que a indefinição da CGD e do BPN poderá levar ao desinteresse dos investidores ingleses. 'Esta indefinição pode conduzir a uma intempestividade total para a recuperação da empresa', disse o responsável, à saída da Assembleia de Credores onde acusou os bancos de 'insensibilidade', 'Há uma certa insensibilidade dos bancos', criticou Claudino Martins, manifestando preocupação com desfecho do processo. 'Temo que o caso não tenha um bom desfecho', concluiu o gerente da Vesticon.

TRABALHADORES NÃO COMPARECERAM

Os trabalhadores da Vesticon não compareceram no Tribunal da Covilhã nem mandataram o advogado do Sindicato Têxtil da Beira Baixa para os representar na hora do voto. Os funcionários da unidade de confecções representam cerca de 12 por cento do total de créditos da empresa, por ordenados em atraso e indemnizações.
A empresa mantém a laboração com 70 dos 204 trabalhadores de que tinha em Abril. A Assembleia de Credores não terá mais sessões. A partir de agora caberá à juíza do processo, em função dos votos da CGD e do BPN, homologar a viabilização ou decidir pela falência dependendo do sentido de voto dos dois bancos.

A empresa Tortosendense mantém a laboração com 70 trabalhadores

Retirado de:
Francisco Cardona / Diário XXI

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