segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

David Silva não se demite

Tortosendo David Silva












O presidente da junta de freguesia do Tortosendo garante que não vai renunciar ao mandato para que foi eleito. A assembleia de freguesia esteve reunida pela quarta vez, mas os membros daquele órgão voltaram a chumbar a proposta do presidente da autarquia para a eleição dos vogais da junta por seis votos a favor e sete contra.

No final da reunião o autarca sublinha que, não existindo condições para a eleição dos vogais, a junta de freguesia vai ficar a funcionar em gestão corrente. Um cenário que de acordo com Ondina Gonçalves, eleita da CDU, não é dramático “falou-se aqui na questão das escolas mas a câmara pode ser ela a fazer os contratos de programas ocupacionais e garantir a continuidade da componente de apoio à família; durante 16 anos nada foi feito no Tortosendo e por isso não se venha dizer que é esta situação que está a bloquear a freguesia porque o presidente da junta mostrou bem que não quer nada connosco ao propor apenas nomes de elementos que integraram a sua lista”.  
Já o primeiro eleito do PS considera que o presidente da junta de freguesia se está vitimizar em todo este processo. Rogério Evaristo sublinha que esta assembleia de freguesia não passou dum golpe de teatro “isto foi feito para dar o resultado que deu uma vez que se o presidente da junta quisesse outro resultado teria apresentado uma proposta diferente com membros das outras listas”.  
David Silva rejeita as críticas de vitimização neste processo e garante que não vai renunciar ao mandato “isso seria trair a confiança que os tortosendenses depositaram em mim e na minha equipa no passado dia 29 de Setembro e por isso apresentar a renúncia ao cargo é um cenário que nunca me passou pela cabeça; irei agora reflectir em conjunto com os elementos da minha equipa antes de definir os próximos passos a dar”. O presidente da junta de freguesia do Tortosendo acrescenta que “vamos estar apenas em gestão corrente e não podemos aceitar delegação de competências da câmara municipal a partir do próximo mês de Janeiro uma vez que as forças políticas da oposição continuem a obstaculizar o normal funcionamento da junta de freguesia; naturalmente que irei dar conta do resultado desta votação ao presidente da câmara municipal da Covilhã e coloca-lo ao corrente do que se está a viver na nossa vila”.
Para já ainda não foi marcada nenhuma data para a realização duma nova reunião. Questionada sobre a manutenção deste impasse no final da assembleia a eleita do PSD, Edna Gregório, não quis fazer quaisquer declarações sobre o assunto.

Retirado de: RCB

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Basquetebol - UFCT

tortosendo



































-- clique para aumentar --

Memórias de combatentes da sombra

tortosendo

















Penso que foi Edgar Morin que um dia disse, referindo-se ao século XX e ao longo inventário de crimes contra a humanidade que esse tempo contabilizava, que o homem, às vezes, fugia da realidade e evitava pensar sobre ela, como forma de arranjar um calo de indiferença para poder suportar a crueldade. Num certo sentido, aí radica, embora apenas em parte, alguma disponibilidade de pessoas e instituições para uma alegre distração da realidade concreta, evitando incómodos confrontos com a história e os seus fantasmas. Entre nós, não faltam exemplos de amnésia programada, deixando no silêncio uma longa e tenebrosa factualidade criminosa contra pessoas de bem, mortas ou perseguidas por uma ideia, uma crença, uma sede de justiça de justiça elementar, às vezes uma palavra de revolta ou uma bandeira vermelha empunhada ao vento, desafiante. E, no entanto, o tempo longo de ignomínia, de fogueiras, de prisões, de torturas permanece como anquilose de comportamentos e mentalidades na sociedade portuguesa, perseguida ainda pelo "medo de existir" (José Gil).

Ponho-me a pensar nas pessoas de bem, tantas vezes cidadãos comuns dos melhores, que sofreram tratos de polé, agressões físicas e psicológicas, intolerâncias e perseguições, vidas transformadas em tragédias, quotidianos cercados de lágrimas. Muitos, nunca deixaram que lhes assassinassem a esperança e, por isso, assumiam-na em palavras e gestos de insubmissão e resistência.
Às vezes, penso em lugares que mantiveram essa reserva moral de cidadania intacta e era como se fossem, colectivamente, gente de espinha direita, que levantava os olhos do chão e encarava de frente a opressão. O Tortosendo foi, durante muitos anos, um desses lugares míticos. Foi isso que me veio ao pensamento quando, num destes dias frios e de folhas caídas, me vieram dizer que tinha morrido o Alfredo Craveiro. Penso que ele era o último de um grupo de combatentes da sombra, que fizeram daquela vila operária, uma "vila vermelha", com tudo o que esta designação tinha de desafio ao tempo sinistro do salazarismo. O Alfredo Craveiro era um homem sensível à cultura e ao associativismo, que construiu quotidianamente nos tempos heróicos do Unidos, quando a promoção cultural era um acto de libertação e, por isso, brutalmente reprimida. Era um homem bom.
Eu aprendi muito com esse universo afectivo do Tortosendo, aprendi sobretudo humanidade, e guardo na memória rostos e nomes de gente fabulosa, que praticava o alfabeto cívico da liberdade de forma comovente, tantas vezes arriscando tudo o que havia para arriscar. De certa maneira, o Américo de Oliveira, que também fazia da solidariedade questão maior da vida, foi a minha ponte para esse mundo humanamente fantástico. Nunca esqueço, no limiar do Natal, nos anos 60, a vaga de prisões que a Pide fez no Tortosendo e a imagem do grupo de mulheres desses presos políticos que vieram para pedir auxílio (foi meu irmão Zé que os defendeu no Tribunal Plenário do Porto), e que à distância do tempo, ainda hoje, nos rostos dessas mulheres, nos seus olhares de lágrimas geladas, me parece ter visto figuras reais de pietás ou mães coragem que, no meio da maior adversidade e injustiça, afirmavam exigência de liberdade, ou melhor, de dignidade.
O Tortosendo fazia parte da geografia da repressão. Porque faziam lá greves e festejavam o Primeiro de Maio, crimes sem perdão para os algozes no poder. Havia prisões, o medo andava sempre no horizonte. Mas lutavam, e,como no poema do Egito, a esperança parece que se reproduzia.
Neste adeus a Alfredo Craveiro, regresso inevitavelmente ao universo de nomes de cidadãos e resistentes desse Tortosendo, que agora me parece longínquo. Regresso a gente que já partiu. O Júlio Machado, o Apolinário (tão massacrado nos interrogatórios da Pide), o Alfredo Costa, o Frazão (que foi para Coimbra), o Carrola. E, noutro plano, uma figura excepcional de democrata, com um sentido de solidariedade que ainda hoje me espanta, que ajudava os familiares dos presos políticos e movia meio mundo para que outros pudessem ajudar também. O senhor José Ribeiro fazia tudo isso, com um sorriso de tolerância nos lábios. Era um homem calmo, que repartia simpatia. Gostava de livros e de jornais (além de industrial de panificação possuía uma livraria, que era um ponto de encontro), teve um papel crucial no Unidos, quando tentaram encerrá-lo, e a amizade que naturalmente cimentei com ele foi até ao fim um convívio de aprendizagem mútua.
Um dia, já depois do 25 de Abril, fiz uma reportagem com ele, Passeámos longamente pelas ruas da vila e ele, na sua fala pausada, contou-me histórias dos tempos heróicos. Ficou-me sempre na memória uma delas, que então escrevi. Um ano antes do 25 de Abril (1973), perto de Maio, uma brigada da Pide foi ao Tortosendo (iam lá recorrentemente). “O cabo da GNR foi à Livraria procurar por mim”, contou-me José Ribeiro. -- “Disse-me: “Oh, sr. Ribeiro! venha lá ao posto, que já lá estão, outra vez, aqueles filhos da puta da Pide,,,”. “A coisa estava a mudar, era o 25 de Abril no horizonte!”, exclamou, com uma sorriso largo, o meu amigo José Ribeiro.

Combatiam, uns à luz do dia, outros na sombra. Uns e outros, com pequenas parcelas de humanidade, ajudavam a mudar o mundo.

Retirado de: Noticias do Bloqueio / Um blogue de Fernando Paulouro Neves

Autarquia entrega cabazes de Natal

tortosendo























Começam esta semana a ser distribuídos, por todo o concelho, os cabazes de Natal. Esta é uma das mais significativas medidas de acção social promovidas pelo município e que este ano, apesar das contingências financeiras gerais, viu o número de cabazes ser aumentado.
No total vão ser entregues 570 vales de compras, cada um com o valor de 25 euros. As famílias abrangidas por esta ajuda podem adquirir produtos como açúcar, arroz, bacalhau, bolo-rei, conservas, doçaria, esparguete, leite, legumes, entre outros, nos estabelecimentos de comércio tradicional das suas localidades.
Trata-se de uma “iniciativa de grande impacto no apoio das famílias mais carenciadas”, começa por explicar Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal. O autarca sublinha ainda o esforço em fazer crescer o número de vales de compras para que a ajuda possa chegar a mais agregados e lembra que o apoio social é uma das áreas de maior importância para o actual executivo. Este ano, a autarquia distribui esta preciosa ajuda, através das juntas de freguesia. Os autarcas “conhecem a realidade das suas localidades, das famílias e também se ajudam as pessoas de uma forma mais discreta”, relembrou Vítor Pereira.
Este Natal, a Câmara da Covilhã vai atribuir 570 cabazes, mais 45 do que no ano anterior. Em determinadas localidades existe um acréscimo superior a 40 por cento, como se verifica, por exemplo, no Tortosendo. Em 2012, nesta localidade, foram distribuídos 44 cabazes, este ano vão ser atribuídos 65. No Teixoso, no ano passado foram entregues 21 cabazes, este ano 30.
No que respeita ao somatório total de distribuição dos cabazes de Natal: Aldeia de São Francisco de Assis - 23 cabazes; Barco/Coutada - 16; Boidobra - 44; Covilhã/Canhoso – 82; Cantar Galo/Vila do Carvalho – 61; Casegas/Ourondo – 12; Cortes do Meio – 12; Dominguiso – 14; Erada – 6; Ferro – 23; Orjais – 17; Paul – 9; Peraboa – 36; Peso/Vales do Rio – 40; São Jorge da Beira – 18; Sobral de São Miguel – 11; Teixoso/Sarzedo – 30; Tortosendo – 65; Unhais da Serra - 21 e Verdelhos - 16.
De referir ainda que, para além do apoio às famílias mais carenciadas, esta medida expressa-se ainda como incentivo ao comércio tradicional, já que, ao todo, irão ser gastos cerca de 15 mil euros em produtos nas lojas de comércio tradicional das várias freguesias.

Retirado de: Diário Digital

sábado, 14 de dezembro de 2013

Relacionamento amoroso acaba em morte


Tiro













Casal seguia viagem para Lisboa. No Fratel, Jorge Estrela parou o carro na berma da estrada e disparou quatro tiros. Ela sobreviveu, ele matou-se...

Está em estado estável e a recuperar no Hospital de Coimbra, uma empresária de Belmonte que na quarta-feira , dia 4, foi alvejada na berma da Estrada Nacional 3, antigo IP 2. Ao que tudo indica o crime foi cometido pelo companheiro que, entretanto, se suicidou com arma do crime.

Um relacionamento passional envolvido em conflitos, supostamente por a mulher querer acabar a relação, estará na origem da tentativa deste homicídio.
Jorge Estrela, de 57 anos, natural do Fundão, onde teve uma loja, e Fernanda Pinto, de 42, empresária em Belmonte, eram ambos divorciados e mantinham um namoro. Residiam atualmente num apartamento do Tortosendo (tinham-no arrendado há menos de dez dias), mas em Belmonte, terra onde se terão conhecido, e onde também residiram, os problemas da relação eram conhecidos. Fernanda e Jorge até já tinham estado separados. Ela emigrou, mas regressou. O relacionamento foi reatado. Agora, preparava-se para emigrar novamente. O destino era França. O objetivo, comenta-se na vila, era o de “fugir” de Jorge, que não aceitaria o fim do relacionamento.

Ainda assim, ele optou (não se sabe se a pedido dela se por vontade própria) por ir levar Fernanda ao aeroporto. Era para lá que se dirigiam na quarta-feira de manhã. A viagem foi interrompida muito antes na zona no Fratel, no antigo IP2, num troço que não tem saída e que é paralelo à A23.
Foi aí que o Audi, em que o casal seguia, foi encontrado. Estava estacionado na berma da via. Ao lado os dois corpos: Jorge Estrela já sem vida e Fernanda Pinto ainda com sinais vitais. Tinham ambos sido atingido por dois tiros. A posição dos corpos, a localização da arma e o facto de uma habitante do Fratel ter ouvido a mulher gritar por ajuda, levou as autoridades a suspeitarem imediatamente que estavam perante um crime passional. A hipótese de assalto também foi ponderada, mas a PJ de Coimbra, que entretanto tomou conta da investigação, também acredita que está perante uma tentativa de homicídio seguida de suicídio, adiantou ao JF fonte ligada à investigação.

Não se sabe se Jorge terá seguido aquela estrada por engano, ou propositadamente. Se terá tentado convencer a mulher a desistir da viagem ou se terá ficado simplesmente em silêncio. Certo é que quando a vizinha os viu sair de casa pela manhã – a casa que tinham arrendado no Tortosendo – Jorge Estrela já levava com ele a arma do crime. Em Belmonte, a notícia foi recebida com consternação, isto apesar de Jorge Estrela ser ali visto como um homem com “temperamento forte” e de, no café que frequentava, até já ter deixado o desabafo que, mesmo assim, não fez adivinhar o pior: “Ela desgraça-me a vida, mas dou cabo da vida dela”. Na quarta-feira cumpriu a “maldita” promessa.

Retirado de: Jornal do Fundão










Avenida Natal

tortosendo



































-- clique para aumentar --
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Clica nas Mensagens Antigas

Clica nas Mensagens Antigas

Número total de visualizações de páginas