quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Via verde para a carteira


Acabaram-se os adiamentos e as dúvidas em relação às portagens. Quem usar o asfalto da A23 vai pagar. E não esperará muito. É já este mês.

ESTÁ aberta uma via verde para o bolso dos utilizadores da Auto-estrada da Beira Interior. Ainda este mês vai iniciar-se a cobrança de portagens na A23, pondo-se fim aos sucessivos adiamentos. Cumpre-se, assim, a ameaça que pairava sobre os milhares de utentes diários desta via e que se começou a concretizar com a instalação dos 16 pórticos de cobrança no primeiro semestre deste ano.

O anúncio foi feito pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira,na última sexta-feira, na Assembleia da República , durante a apresentação das linhas orientadoras do Plano Estratégico de Transportes para o período entre 2011 e 2015. Já hoje, quinta-feira, dia 13, deverão sair do Conselho de Ministros as coordenadas detalhadas sobre a data exacta da entrada em vigor da cobrança das portagens, preços e os critérios para eventuais isenções.

Os valores que têm vindo a ser ventilados apontam para o pagamento de oito cêntimos por quilómetro, à semelhança de outras ex-SCUT´s, o que implica que uma viagem entre a Guarda e Castelo Branco custará cerca de 6,8 euros, ou seja, mais de 13 euros diários numa jornada de ida e volta entre as duas capitais de distrito. Entre a Covilhã e Castelo Branco, uma viagem terá um custo de 3,50 euros e entre o Fundão e Castelo Branco de 2,70 euros. Uma simples deslocação entre o Fundão e a Covilhã terá um custo de cerca de um euro.

O Movimento Empresários P´la Subsistência do Interior já veio a terreiro considerar que “a forma como, na Comissão de Transportes, o Ministro da Economia tratou este assunto foi um autêntico insulto ao interior do país pois, um governo que ainda não tem um plano de incentivos ao investimento e ao emprego, nomeadamente para a Beira Interior, é um governo que só cede a lobbies, não tendo em consideração que a região poderá sucumbir em termos económico-sociais se os custos de contexto não forem eliminados sendo a intenção de portajar a “machadada” final no projecto de subsistência da maior parte das empresas e das pessoas que, por terem pouca representatividade no todo nacional, estão claramente a ser colocadas de lado neste processo de eliminação selectiva do orgulho nacional”.

“Governo decidiu afrontar as gentes desta região”

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24 consideram esta decisão “uma enorme afronta àqueles que vivem e trabalham nos distritos de Viseu, Castelo Branco, Guarda e Vila Real”, pois o “Governo sabe que a cobrança de portagens nas auto-estradas A25, A23 e A24 acrescentará grandes dificuldades às empresas desta vasta região e levará muitos trabalhadores ao desemprego, concluindo que “o Governo decidiu afrontar as gentes desta região”.

Retirado de: Jornal do Fundão

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