José Ruano mora numa quinta a três quilómetros da vila e receia que tarefas de responsabilidade, como a entrega de correio, reformas ou pagamentos de serviços, fiquem entregues a pessoas que “não estejam preparadas” para as cumprir.
Para aquele utente, “há mais onde cortar: que acabem com o Metro e outras empresas em Lisboa e não prejudiquem quem está na província”.
Idêntica preocupação é expressa por Maria Louro, que já assinou um abaixo-assinado que a comissão pôs em circulação e que deverá ser entregue à junta de freguesia em data a definir.
Os serviços “fazem muita falta” e a população não quer ser obrigada a deslocar-se à estação da Covilhã, disse à agência Lusa.
Por entre os protestos, há até quem pense que a estação vai encerrar, mas David Silva, membro da Junta de Freguesia do Tortosendo, adiantou à Lusa que o serviço “até deve vir a ser melhorado”.
A junta “está a negociar a cedência do edifício dos CTT, onde a estação funciona, como contrapartida para assumir o serviço”, referiu – acrescentando desconhecer o protesto de hoje: “se falassem connosco, teríamos prestado esta informação”.
Desta forma, a autarquia conta ganhar novas instalações e o serviço de correios vai manter-se no mesmo local e até “melhorar, que mais não seja pelo alargamento do horário de funcionamento”, sublinhou, uma vez que vai ser possível criar sinergias com os recursos da junta.
As negociações decorrem sem prazos definidos, disse fonte dos CTT à agência Lusa.
A mesma fonte sublinhou que não se perdem serviços e que os funcionários que os receberem “vão ter formação prévia”, sendo que a qualidade de funcionamento “é fiscalizada pelos serviços dos CTT”.
A solução de transferência de serviços para parceiros locais, de preferência juntas de freguesia, está a ser tomada “em relação a várias estações de correio sobredimensionadas”, sendo o Tortosendo uma delas, acrescentou a mesma fonte, referindo que as mudanças não afetam o serviço de distribuição de correio.
Retirado de: Cnoticias.net
