“A Estação dos CTT no Tortosendo não vai encerrar”. A garantia foi deixada por Mário Raposo, do executivo da Junta de Freguesia, na reunião da Assembleia de Freguesia que contou com a participação de cerca de meia centena de populares. O assunto foi debatido na passada sexta-feira, um dia depois do protesto promovido pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Tortosendo contra a privatização dos Correios naquela vila.
Segundo Mário Raposo, a privatização nunca foi uma opção para a junta que “desde o princípio assumiu que os serviços públicos não podem fechar". Perante a possibilidade de o serviço deixar de existir, a autarquia optou por assumir a responsabilidade. Para isso foram exigidas algumas garantias, nomeadamente a cedência do edifício que passará a funcionar como sede da junta de freguesia, explica Mário Raposo. “Todo o edifício nos interessa porque há actividades que a junta quer desenvolver”, explica acrescentando que há um problema de infiltração de agua no primeiro andar que os CTT se comprometeram resolver. Depois dessas obras realizadas, o edifício será entregue à junta através de um contrato de comodato por um período de cinco anos, bem como o serviço dos CTT mediante o pagamento de uma verba fixa e uma comissão pelos serviços prestados. Segundo Mário Raposo, “os CTT irão assegurar a formação dos funcionários e farão chegar diariamente a verba necessária para o pagamento das reformas. O serviço de domicílio já hoje é assegurado pela Covilhã e assim se vai manter”. Esclarecimentos que chegaram um dia depois do protesto que juntou dezenas de pessoas à porta dos CTT no Tortosendo. Mário Raposo recorda que “há sítios próprios onde as coisas se esclarecem, não é na praça pública que se fala nisto”, explica acrescentando que “há determinadas forças políticas que jogam muito nesta questão da agitação popular e pensa que é a pressão na rua que resolve as coisas. Mas hoje não é assim, estamos numa fase em que há que criar parcerias e soluções”.
No final da Assembleia de Freguesia a população mostrou satisfeita pela manutenção dos CTT no Tortosendo. “Mais tranquilo” ficou também Ramiro Venâncio, eleito do PCP e porta-voz da Comissão de Utentes que admite continuar “aborrecido porque a junta ocultou aos eleitos os pormenores deste negócio”.
Retirado de: Jornal do Fundão