quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pedidos de ajuda ao gabinete de apoio à vítima da Covilhã superam expetativas


O Gabinete de Apoio à Vítima de Violência Doméstica da Covilhã recebeu, em cinco meses e meio, o número de pedidos de ajuda que estava previsto para um ano.

“Estava previsto chegarmos aos 100 atendimentos ao fim do primeiro ano de funcionamento, mas esse número já foi alcançado. O resultado supera as expetativas”, frisou a psicóloga do Gabinete, Ângela Santos. De acordo com a fonte, os dados não são sinónimo de mais violência, mas sim de uma maior sensibilidade da população e das vítimas para exporem os casos, num distrito menos habituado a fazê-lo que o resto do país. De acordo com os dados disponíveis, de 2008 para 2009, o número de queixas por violência doméstica cresceu cerca de 10 por cento a nível nacional, mas no distrito subiu apenas 6,9 por cento. Estão a ser acompanhadas e esclarecidas 50 vítimas, 13 das quais com apoio psicológico e cada qual com diferente número de atendimentos, consoante o caso. A opção por recorrer ao serviço é voluntária, sendo que a maioria são mulheres (há apenas quatro homens adultos) e essa predominância do sexo feminino é o único traço que se evidencia no universo de vítimas de violência doméstica na Covilhã. A crise manifesta-se entre os casos relatados, sobretudo através do desemprego, que potencia o número de casos de violência. A falta de recursos e o “aumento do tempo que passam juntos” potencia os conflitos e “o consumo de álcool e drogas”, sublinhou.

Os dados mostram que a segunda-feira é o dia em que mais vítimas batem à porta do gabinete e que a freguesia do Tortosendo é também aquela da qual o gabinete tem recebido mais casos.

Retirado de: Diário das Beiras

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