O Banco Alimentar contra a fome da Cova
da Beira realiza este fim-de-semana, a sua campanha de Primavera
de recolha de alimentos.
Este sábado, 26, e domingo, 27, cerca de
500 voluntários estarão envolvidos numa ação que decorre em diferentes
superfícies comerciais de Belmonte, Covilhã, Fundão, Gouveia, Guarda,
Manteigas, Pinhel, Sabugal, São Romão, Seia, Teixoso, Tortosendo,
Trancoso e Vila Nova de Tázem. Serão cobertas 37 lojas.
O Banco Alimentar da Cova da Beira apoia
atualmente 42 instituições, na Beira Interior, que apoiam cerca de 4500
pessoas, das quais 930 crianças. E apela ao espírito de solidariedade
de todos, “com a certeza de que os alimentos recolhidos na campanha
fazem a diferença para um elevado número de famílias” explica em
comunicado.
São pedidos, acima de tudo, alimentos
não perecíveis, como o leite, óleo e azeite, atum, salsichas, fruta em
conserva, feijão, grão, açúcar e farinha. Quem quiser ajudar pode
fazê-lo de três formas: com o contributo direto nesta recolha;
participando na Campanha Vale, que decore até 3 de Junho ou na campanha
online, através do endereço www.alimentestaideia.net/.
“Banco alimentar está no limite da ajuda”
Paulo Pinheiro, responsável pelo Banco
Alimentar contra a fome da Cova da Beira, diz ter boas expectativas
quanto à recolha. “Sabemos as dificuldades que existem, mas a região tem
dado sempre uma boa resposta na dádiva de alimentos” afirma. Pinheiro
salienta que há cada vez mais instituições a pedirem apoio, só que “o
Banco Alimentar está no limite da ajuda. Há grandes dificuldades em
alargarmos o apoio a outras instituições com as quais não estejamos
ainda protocolados” afirma.
O responsável reconhece que em cenário
de crise as ajudas diminuem, nomeadamente por parte das empresas, e que
só não existem ruturas de stocks face aos pedidos porque “fazemos um
racionamento do que temos. E as instituições também têm que escolher
entre ajudar quem precisa, ou quem precisa mesmo” salienta. Paulo
Pinheiro não tem dúvidas, porém, que se o Banco acudisse a todas as
situações, “grandes ou pequenas, o stock não chegava”.