As confeções Cilvet declararam insolvência e deixaram 200 pessoas com futuro incerto, 170 em Castelo Branco e outras 30 em Belmonte.
As portas das duas unidades fabris deveriam reabrir esta segunda-feira, depois de uma semana de férias, mas em vez disso os trabalhadores foram informados de que a empresa se declarou insolvente perante os credores, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), Luís Garra
Para já, os trabalhadores aguardam pelos resultados de uma reunião agendada para esta terça-feira, às 10H00, entre o administrador de insolvência, nomeado na última semana, e a direção do STBB.
A empresa ainda não pagou os salários de março.
Luís Garra propôs numa reunião com elementos do Ministério da Economia, em Lisboa, “que se procure um investidor que reative a produção e mantenha os postos de trabalho”.
No caso e por razões que o STBB diz desconhecer, “a Cilvet perdeu a carteira de clientes e a coleção própria, passando a trabalhar a feitio” para outras fábricas.
No entanto, segundo Luís Garra, a empresa “pode ambicionar a recuperar o lugar que já teve”.
Uma delegação da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), coordenada por Luís Garra, foi hoje recebida no Ministério da Economia, onde expôs a situação de fragilidade desta e de várias empresas do distrito de Castelo Branco.
Segundo Luís Garra, ficou acordado que a USCB iria preparar exposições particulares sobre cada empresa em causa para eventual tomada de medidas.
Entre os casos que o STBB vai expor ao Governo está também o das confeções Carveste, em Belmonte, em que 180 trabalhadores se queixam de atrasos constantes no pagamento de salários.
Outro caso diz respeito à possibilidade de haver um investidor interessado na reativação das confeções Vesticon, no Tortosendo, Covilhã, que encerrou em 2010 deixando 95 pessoas no desemprego.
Retirado de: Diário " As Beiras "